Veiculada pelo jornal El País em setembro, a notícia tem como panorama o Projeto de Lei n.º 6.299/2002, o “pacote do veneno”, que prevê a flexibilização no uso de agrotóxicos no país, a ser votado pela Câmara. Esse encaminhamento vai contra o posicionamento de grandes agentes nas questões de saúde do país, como a Fiocruz, o Instituto Nacional do Câncer, a Organização das Nações Unidas, entre outros. De igual importância, um abaixo-assinado de consulta popular contou com mais de 1,7 milhões de assinaturas contra a proposta. O alinhamento desse projeto com o atual governo Bolsonaro é claro, considerando que 25% dos agrotóxicos aprovados no país nos últimos 20 anos foram feitos no seu mandato, ainda incompleto. Acredito que essa notícia é de grande importância pela evidência de um fato já conhecido, mas que nunca esteve tão escancarado, considerando a própria pandemia do Coronavírus: o Brasil precisa de um sistema alimentar mais saudável, acessível e sustentável, porque além das ameaças feitas pelo consumo de alimentos com grandes quantidades de agrotóxicos, há aqueles 19 milhões de brasileiros que passam fome. Entretanto, como é notável, essa crise sanitária, ao invés de ser utilizada para trazer esse debate a público, está servindo de “distração” para que pautas tão graves sejam passadas sem conhecimento popular amplo. Enviado por Maria Carolina Amorim Oliveira
Notícia de Marina Lacôrte no El País: https://brasil.elpais.com/opiniao/2021-09-14/brasil-para-poucos-veneno-para-todos.html
