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IBGE: Questão de gênero: indicadores de saúde mental são piores para meninas

13 setembro 2021

IBGE: Questão de gênero: indicadores de saúde mental são piores para meninas

Na última sexta-feira (10), o IBGE divulgou a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), realizada em 2019. A pesquisa traz dados reveladores sobre a saúde mental e física de jovens em um momento crucial de seu desenvolvimento, a adolescência, obtidos por meio de autoavaliações. Entre os resultados relevantes, destaca-se que quase 30% das meninas declararam sentir que a vida não vale a pena ser vivida, e 27% tem uma autopercepção negativa da saúde mental, quase três vezes mais em comparação com os meninos (apenas 8%). Os dados demonstram como a saúde é atravessada por fatores sociais, como o gênero. Para a analista do IBGE Alessandra Pinto, “os resultados do PeNSE dão uma pista. (…) Não dá para separar da questão sociológica, antropológica, psicológica e da violência. É uma colcha de retalhos”. Enviado por Marina Sujkowski Lima

Texto disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/31606-questao-de-genero-indicadores-de-saude-mental-sao-piores-para-as-meninas

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Maria Antônia Nina Iki Moraes
2 anos atrás

Muito interessante. O artigo me lembrou sobre como as mulheres são também, no geral, mais afetadas por problemas psicológicos ligados à autoimagem, como trazido no gráfico da matéria do IBGE, devido à pressão estética que existe sobre o gênero. Além da pandemia ter afetado a saúde mental das meninas em maior proporção, estas já representavam o grupo mais afetado em termos de saúde mental antes da crise: em 2016 a Mental Health Foundation realizou um estudo no Reino Unido que evidenciou que pelo menos uma entre cinco mulheres apresentava algum problema psicológico, em comparação a um entre oito homens (https://www.mentalhealth.org.uk/a-to-z/w/women-and-mental-health). É importante também fazer aqui um recorte, como o próprio estudo faz, ao analisar como as taxas de suicídio e automutilação são maiores entre mulheres de minorias étnicas, que são afetadas também pela discriminação estrutural de uma forma geral.