No ano de 2007, uma fábrica chinesa foi a fonte de um produto químico falsificado que matou dezenas de pessoas no Panamá depois de ser usado em medicamentos humanos. O veneno era produzido e vendido por empresas chinesas que, segundo a reportagem, o exportavam como glicerina 99,5% pura, agente usado em cosméticos, dentifrícios, xampus, sabonetes, fitoterápicos, fármacos e outros itens domésticos. Na exportação, a origem do produto químico foi obscurecida pelos intermediários na Espanha e no Panamá que removeram os nomes de seus fornecedores nos documentos de embarque, uma prática ilegítima usada por distribuidores para garantir a continuidade dos negócios. A agência de saúde do governo do Panamá usou a substância para produzir medicamentos, sem perceber que era dietilenoglicol, uma substância química parente de anticongelante que pode causar danos renais e neurológicos se ingerida. Logo após a registração das mortes, as investigações levaram o setor de saúde a descobrir o esquema. Esse caso é mais um exemplo de que existe a necessidade de fiscalização rigorosa tanto dos medicamentos importados, quanto dos agentes utilizados na fabricação de medicamentos no país nacional. Infelizmente, esse tipo de fenômeno ocorre com frequência em países com pouca burocracia, que adquirem insumos de baixo custo para a fabricação de produtos farmacêuticos, procurando ao mesmo tempo evitar altas taxas alfandegárias no despacho. Enviado por Jonelle Olivia
Matéria disponível na NBC: https://www.nbcnews.com/health/health-news/toxic-medicine-panama-traced-china-fln a1c9473934
