Boris Cyrulnik, cientista, divulgador e judeu filho de vitmas do holocausto recenteme públicou seu novo livro “Psicoecologia: O Ambiente e as Estações da Alma”. Com uma abordagem determinista, ele tenta explicar como o ambiente molda o cérebro e psique humana. Em sua entrevista com o jornal El País ele explica como nosso olhar atual para a pandemia, de relaxamento, representa um estado de negação diante um trauma – e como isso é normal de uma perspectiva psicológica e histórica. Boris afirma que existem três ambientes, o químico (amniótico, onde o bebe é formado), o afetivo (o amor dos pais, mães, amigos e escola), o último é o verbal (os relatos, notícias, mitos etc.) e que o impacto de pandemia, principalmente nos dois últimos, torna os adolescentes o grupo mais impactado pela pandemia. A transição para o ensino remoto, o isolamento social e a completa imersão de esferas anteriormente separadas na vida familiar durante um período crítico na formação cerebral humana coloca os adolescentes como talvez os que mais perderam nesses anos de pandemia. Enviado por Tomás Ruschel Saiter Mota
Notícia de Marc Bassets no El País: https://brasil.elpais.com/internacional/2021-10-31/boris-cyrulnik-os-adolescentes-mais-afetados-pela-pandemia-terao-depressao-cronica-quando-adultos.html