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COVID 19 – Um tema de segurança?, publicação de Caroline Cordeiro Viana e Silva

8 setembro 2021

COVID 19 – Um tema de segurança?, publicação de Caroline Cordeiro Viana e Silva

Os Estados vêm realizando medidas de enfrentamento ao Covid-19 de modos distintos entre si. E em relação aos métodos, surge um questionamento: “Seria possível afirmar que a Covid-19 é um tema de segurança para os Estados?”. Carolina Cordeiro Viana e Silva, doutora em Ciência Política pela UFPR nos confronta com essa indagação e a partir de exemplos nos apresenta uma reflexão iniciada a partir de duas análises, uma conjuntural e outra teórica sobre como resultados diferentes foram obtidos a partir de metodologias diferentes no enfrentamento à pandemia. Há países que têm encarado o novo coronavírus como tema de segurança, fazendo com que o tema fosse securitizado e outros nem tanto. No texto, a autora aborda o conceito de securitização e a ação de dois Estados ao lidar com a pandemia, a Nova Zelândia e o Brasil, nos convidando a compreender e meditar sobre esse tema tão relevante na Saúde Global contemporânea. Enviado por Jenifer Torres Toniolo

Publicação disponível no NUPRI: https://nupri.prp.usp.br/blog/covid-19-um-tema-de-seguranca/

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Marina Novaes Lopes
2 anos atrás

Achei muito interessante a análise trazida pela publicação, Jenifer! Acredito que o material contribuiu para esclarecer o tópico da securitização da saúde global, o qual já discutimos diversas vezes durante as aulas, a partir da apresentação deste arcabouço teórico simplificado.
Ao mesmo tempo, considero pertinente trazer para a discussão da questão “saúde – um tema de segurança?’ uma outra perspectiva com a qual me deparei em uma disciplina específica de Segurança Internacional, a perspectiva da noção de ‘Segurança Humana‘. Avançando mais adentro da corrente crítica dos estudos de segurança que a Escola de Copenhagen, o conceito de ‘segurança humana’ compreende segurança enquanto liberdade em dois sentidos – liberdade do medo (de violência, de doença, do que quer que seja) e liberdade da miséria (da fome, dos problemas ambientais, etc), englobando assim diversas categorias, como segurança econômica, alimentar, da saúde, financeira, ambiental, pessoal, comunitária e política, e entende que uma ‘paz’ só será alcançada se, e quando, atingirmos determinado grau de liberdade em ambas as frentes do conceito. Mais adiante, há também a noção de que a insegurança humana em uma comunidade política implica, necessariamente, em risco para as demais, devido ao desequilíbrio de forças.
Nota-se, nesta breve apresentação, uma clara centralidade do cidadão, do indivíduo, na concepção de segurança humana. Acredito que, para além dessa visão de securitização com embasamento teórico no envolvimento estatal, é válido ainda considerar a relação entre ‘saúde’ e ‘segurança’ a partir da ameaça que crises sanitárias inflingem sobre cada comunidade de maneira isolada, voltando o olhar assim para a insegurança como um fator de falta de liberdade.