A pandemia de COVID-19 tomou o mundo de assalto e paralisou boa parte da vida, enquanto causava mortes em larga escala. Em resposta, vimos a comunidade científica se debruçar, com grandes injeções de recursos e parcerias público-privadas – além de muito material acumulado por anos de pesquisas – para o desenvolvimento de vacinas, e em tempo recorde (link de outra matéria falando sobre https://www.bbc.com/portuguese/internacional-55049893), e esse esforço pode dar frutos em outras áreas. Durante testes da vacina Oxford/AstraZeneca, os cientistas notaram aumento de células importantes no combate ao câncer – resultados publicados no Journal for ImmunoTherapy of Cancer (https://jitc.bmj.com/content/9/9/e003218). A tecnologia usada no desenvolvimento da vacina estimula o sistema imunológico usando um vetor viral não replicante, inofensivo em humanos. Por conta disso, há alguma expectativa de que o método possa ser utilizado junto a tratamentos de câncer focados na imunoterapia, uma vez que a vacina do consórcio Oxford/AstraZeneca amplia as respostas dos linfócitos T CD8+, células cruciais nos combates aos tumores e proteção do organismo. Infelizmente não é uma resposta ampla, mas considerando que o câncer é uma doença bastante complexa e devastadora há muitos anos, é realmente importante ver como a pesquisa e os avanços podem trazer benefícios, não só ao problema focal da mesma, mas também em outras áreas. Efeitos colaterais positivos são mais do que bem-vindos. Enviado por Guilherme Augusto Coelho Ferreira
Notícia disponível na CNN Brasil: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/covid-19-abre-caminhos-para-o-desenvolvimento-de-uma-vacina-contra-o-cancer/
