A reportagem publicada pelo Programa RADIS de Comunicação e Saúde é uma denúncia sobre a fragilidade das medidas sanitárias adotadas dentro do sistema carcerário brasileiro, convidando o leitor a refletir sobre o abandono das pessoas privadas de liberdade nas políticas públicas nacionais, especialmente durante a pandemia. Relevante no diálogo com a urgência de alternativas como o desencarceramento, a autora destaca como a efetiva inclusão da população privada de liberdade nas políticas públicas é desafiadora, impondo ainda mais invisibilidade à uma população que mesmo antes da pandemia já era submetida a espaços que apresentavam, segundo o texto, diversas inconstitucionalidades que sustentam uma engenharia de produção de doenças e morte.
Mesmo excluídas do debate público, pessoas em situação de cárcere não estão isoladas socialmente e sofrem sérias ameaças a seus direitos fundamentais mesmo após a superação da crise, já que a negligência durante a pandemia implica no agravamento das péssimas condições de espaços que insistem em representar um desperdício de vida para comunidades inteiras. Enviado por Isabela Leiva Rosa
É possível conferir o texto na íntegra em: https://radis.ensp.fiocruz.br/index.php/home/reportagem/condenados
O Brasil, com um já histórico descaso com a população carcerária, mais uma vez demonstrou que isso está longe do fim. Algumas informações nessa notícia foram um verdadeiro choque, como a taxa de infecção 1:20. Por isso, depois da leitura, pesquisei um pouco mais sobre a situação da vacinação nessa população, porque imaginava que ela seria priorizada por esse índice tão alto, e fiquei mais decepcionada ainda. Pela notícia https://www.cartacapital.com.br/sociedade/o-brasil-nao-vacina-nem-metade-de-sua-populacao-carceraria-e-taxa-estaciona/, o caminho do processo nos presídios está na contramão do cenário nacional, estagnado. Excelente análise, Isabela!