A importância da comunicação de risco durante a pandemia da COVID-19 nos países em desenvolvimento, artigo de O. Ataguba e E. Ataguba

23 setembro 2021

A importância da comunicação de risco durante a pandemia da COVID-19 nos países em desenvolvimento, artigo de O. Ataguba e E. Ataguba

O artigo Social determinants of health: the role of effective communication in the COVID-19 pandemic in developing countries (2020), de Ochega A. Ataguba e John E. Ataguba, enfatiza a centralidade dos determinantes sociais da saúde no combate ao coronavírus. No entanto, países em desenvolvimento enfrentam problemas estruturais que impactam a sua capacidade de resposta durante a crise sanitária, como a infraestrutura insuficiente e o acesso desigual ao sistema de saúde. Neste contexto, medidas preventivas — como a efetiva comunicação de risco —  se tornaram cruciais para desacelerar o rápido avanço das infecções da COVID-19. A percepção do risco influencia a ação das pessoas diante da crise e a comunicação efetiva (por parte de líderes políticos, agências governamentais e internacionais e a mídia) tem a função de alterar o comportamento individual em prol da coletividade. A efetividade da comunicação em um momento de crise depende de fatores como a confiança, a credibilidade, a transparência, a sensibilidade em relação à diversidade de pessoas que recebem as informações e o alcance do meio de comunicação utilizado. 

Em março de 2020, a OMS divulgou um documento (Risk communication and community engagement readiness and response to coronavirus disease) contendo linhas de ação para países em diferentes estágios da pandemia, demonstrando a urgência de modelar estratégias eficientes de comunicação. A partir da leitura do artigo e das recomendações da OMS, contudo, é perceptível que a experiência brasileira se destaca como um exemplo negativo em termos de comunicação de risco: as declarações de diversos representantes do governo federal seguiram uma política negacionista que intensificou o pânico e contrariou as medidas sanitárias propostas pelos órgãos científicos e de saúde. Enviado por Anna Luiza Silva

Artigo de Ochega A. Ataguba e John E. Ataguba disponível na revista Global Health Action: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/16549716.2020.1788263

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Daiane Carolina
3 anos atrás

Como eu disse no caso das vacinas e passaportes, e necessário fazer um ”risk perception Management” para que a população não adote um comportamento de disseminação; Mas isso apenas sera feito por nações que tem estrategia e que não continua a negar eventos óbvios. Então o Brasil e , neste momento, um ponto fora da curva na própria historia, dificil comparar com qualquer outro pais.