Atividades nocivas ao meio ambiente, e às pessoas que dele dependem, como o garimpo e o desmatamento, não apenas expõem a ineficiência e o descaso estatal em monitorar e combater estas práticas, como a negligência de cuidado a um povo que resiste há séculos, os povos indígenas. Esta reportagem de Beatriz Jucá, expõe a revoltante realidade que assola os yanomami na Amazônia, notavelmente suas crianças, frente à alteração da paisagem e da extirpação da sacralidade de suas terras. O mercado do garimpo, que assoreiam rios, e o desmatamento que provoca erosão, têm impacto direto sobre o equilíbrio do ecossistema amazônico, aumentando os casos de malária e desnutrição entre os pequenos. Relatos dos líderes entrevistados expõem a indignação destes povos em relação a dificuldade de acesso e descaso estatal na garantia do bem-estar, saúde pública de qualidade, e a permanência e manutenção de suas práticas culturais e costumes indígenas. As comunidades Yanomami no Brasil, assim como Shipibo no Peru, e muitas outras, sofrem as inexoráveis violências da alteração de suas sagradas terras com o avanço de mercados que lucram com a destruição. Enviado por Beatriz Lalli de Freitas
Notícia disponível no El País: https://brasil.elpais.com/brasil/2021-05-17/8-anos-e-12-quilos-a-crianca-com-malaria-e-desnutricao-que-simboliza-o-descaso-com-os-yanomami-no-brasil.html