A arrecadação de recursos é o mais importante desafio de Tedros Adhanom como secretário-geral da OMS segundo Laurie Garrett, senior fellow de Saúde Global para o Council of Foreign Relations.
Garrett sublinha a difícil situação orçamentária da OMS com a provável retração do financiamento dos EUA na área de saúde global que, caso efetivamente ocorra, não será compensada pela Fundação Gates. Além disso, ela destaca o que chama de “o paradoxo da Pólio”. História de sucesso, o mundo está à beira da erradicação da poliomielite. No entanto, a OMS tornou-se muito dependente dos fundos oriundos da campanha mundial contra a polio, definida pela jornalista como a ‘galinha dos ovos de ouro’ da organização. Ademais, a infraestrutura criada para a erradicação da poliomielite é, desde 1988, a base da OMS. Se desaparecer, analisa Garrett, o futuro da organização é bastante incerto.
É necessário, portanto, que Tedros seja se mostre como um “maestro” na arrecadação de fundos face aos enormes desafios orçamentários que a organização enfrentará nos próximos anos.
Link da notícia: https://www.cfr.org/expert-brief/change-guard-who
Enviado por Rebeca Lemos.
Pingback: Gates Foundation And Rotary Pledge Additional $450 Million To End Polio | Saúde Global
Ótima a reflexão de Laurie Garret sobre os desafios do novo secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus . Em editorial na nova edição da Revista de Direito Sanitário (v18n1), Sueli Dallari, editora científica da publicação, destaca que o maior desafio para Adhamon é “encontrar o equilíbrio entre a opção horizontal e a vertical na elaboração das políticas para a saúde global, hoje traduzido no dilema entre o amplo financiamento ofertado pelos filantropos (vertical) e sua quase ausência no fortalecimento dos sistemas de saúde (horizontais).” A nova edição da RDisan estará disponível para seus leitores na primeira quinzena de agosto.