BBC – O Conselho de Segurança da ONU adotou nesta quinta-feira por unanimidade uma resolução declarando o ebola uma ameaça à paz e a segurança internacionais.
A resolução pede que todos os países do mundo forneçam assistência urgente aos países afetados pela epidemia, todos no oeste da África.
Até agora, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 2,6 mil pessoas já morreram por causa do vírus. Os países mais atingidos pela epidemia foram Libéria, Serra Leoa, Guiné, Nigéria e Senegal.
‘Inédito’
O Conselho de Segurança da ONU se encontrou em uma reunião convocada de última hora para discutir a questão.
Nela, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que a epidemia do ebola precisa da “atenção mundial de todos” e de uma ação conjunta “inédita”.
Segundo a ONU, o número de pessoas infectadas com o ebola dobra a cada três semanas.
Somente nos últimos sete dias, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), foram registrados mais 700 novos casos no oeste da África.

Reunião às pressas do Conselho de Segurança da ONU define mais ações para combater o ebola
Em Serra Leoa, haverá uma paralisação nacional de todos os serviços por três dias em uma tentativa de conter a disseminação do vírus do ebola. As autoridades orientaram as pessoas a ficarem em casas de meia-noite de hoje até o dia 21 de Setembro.
O governo disse que são necessárias medidas extremas para conter o surto. Voluntários estão indo de porta em porta para fazer o teste do vírus nas pessoas e para levar os infectados aos centros de tratamento.
Já para a ONG Médicos Sem Fronteiras, uma medida como essa – de ‘parar’ a cidade e proibir as pessoas de saírem – é uma ação abusiva que pode levar à ocultação de mais casos do ebola.
Me preocupa classificar a epidemia como uma “ameaça a segurança mundial” sem explicar de que maneira isso ocorre. Temo que essa expressão termine sendo usada sem nenhum sentido verdadeiro por trás.